Saturday, April 5, 2014

MIAMI – BH – CONGONHAS – GUARULHOS – DOHA – MOSCOU



Na quinta feira de manha, dia 27, embarquei rumo ao Brasil para pegar meu voo para Russia. O vôo de Miami até BH foi bem tranquilo e do meu lado tinha um brasileiro muito gente boa o que ajudou a fazer o tempo passar mais rápido. Chegando em BH o plano era encontrar minha mãe, pai e irmã no aeroporto para conversar um pouquinho antes de seguir para os próximos 32 dias de viagem. Bem, o plano ficou sendo só um plano porque um daqueles absurdos brasileiros aconteceu antes mesmo que eu conseguisse sair do desembarque. Sabe aquelas coisas que acontecem e você, por mais que ame o Brasil, logo pensa “Que país ridículo eu moro....”. O que houve foi o seguinte: ao voltar para o Brasil eu deixei minha mala de roupas sujas em Miami porque queria sair correndo para aproveitar o tempo com a minha familia e não ter que ficar esperando horas pela bagagem na esteira. Cheguei apenas com uma malinha de mão e o fiscal da Receita mandou eu passar no raio X. Não tinha nada demais na minha mala, apenas umas roupas que nao queria ter deixado pra tras, produtos de higiene, uns 2 pares de sapato e o troféu do fiscal: meu Macbook Air. O estimado fiscal não exitou e já foi logo mandando eu pagar imposto do meu computador e eu bem calmamente tentando explicar “Meu amigo, esse computador é da época que eu ainda ganhava mesada, está todo sujo e muito obviamente, como você pode ver, não foi comprado nos últimos 6 dias”. Porém o cidadão só via cifras pulando na sua frente e longe de qualquer razão não perdeu seu tempo e já foi pesquisar no site da Apple quantas Dilmas ele ia embolsar. Acontece que ele não achou o meu computador no site a venda porque, como disse, ele é de épocas longíquoas e distantes. Não satisfeito, ele resolveu olhar no Amazon. Advinhem: também não achou resultado nenhum...Nesse meio tempo eu continuava explicando que era um computador velho e sequer um computador de verdade porque era um Macbook Air, nem era Pro, mas ele NÃO DESISTIA e a minha paciência foi chegando ao fim. Ele disse que de qualquer forma eu teria que pagar o imposto, mesmo sendo usado, porque eu não tinha o comprovante de que paguei o imposto alguma  vez na vida (OI?? Agora a gente tem que andar com Nota Fiscal até de meia furada na bolsa?) e que o computador era considerado de uso profissional (!!!!!!). Pedi para ele me mostrar onde falava que eu deveria pagar imposto de coisa usada se estava escrito de todo tamanho “COMPRAS NO EXTERIOR ACIMA DE USD500” e já estava mais que comprovado que o computador não era uma compra no exterior porque ele era velho, cacete de aguia!!! Ele me chamou de topetuda por querer ver a legislação e não simplesmente tirar 250 dolares do forevis e dar pra ele... Enfim, o cidadão azedou meus planos de encontrar minha familia que estava me esperando do lado de fora da sala e quando estava faltando 15 minutos para o meu voo para SP eu desisti de tentar argumentar com tamanha ignorância, mandei ele apreender meu computador e  em meus pensamentos, solicitei que fosse à pqp. Tem coisas que só acontecem no Brasil né? Enfim, tenho 45 dias para voltar em Confins e tentar conversar com uma pessoa mais sensata e reaver meu computador por bem...Se não, em breve nos veremos em algum Juizado Especial por ai...

Passado o stress do dia, consegui chegar no próximo avião quando já estavam chamando meu nome no alto-falante. Nessa correria consegui muito porcamente dar um oi, tchau e expressar profundamente minha indignação com o ocorrido para minha familia. Chegando em SP tudo ocorreu calmamente para amaciar meus ânimos e o voo para Doha saiu no horário certinho.

A Qatar é realmente muito boa companhia area, mas eu ainda prefiro a Turkish. Vamos ver se na volta ela me surpreende mais.

No voo tinha um casal de chineses do meu lado e a moça falava espanhol, então deu para conversar um poquinho. Em Doha, quando a escala é muito grande, a própria Qatar arruma hotel e vistos para que possamos sair do aeroporto e descansar direitinho. Ao pegar o shuttle para o meu hotel, conheci 2 brasileiros que estavam indo para a China a trabalho. Mais uma vez dei sorte com gente fina cruzando meu caminho e proseamos um pouco e depois fomos jantar antes de dormir. O hotel era no centro da cidade, então deu para ver um pouco como Doha é. Muito moderna, predios bem extravagantes, alguns edificios/monumentos árabes...Foi bem interessante poder ver ao menos um pouquinho o Qatar.
Matéria ensinando como rezar durante voos....

Galera indo a loucura no DutyFree de Doha

Só deserto..

O voo para Moscou foi num avião menor e o russo do meu lado apenas dormiu profundamente. Na imigração o oficial não falou um “a” comigo e já carimbou meu passaporte...Ao chegar no aeroporto vi que a Rússia também tem em comum com o Brasil um ultra-lento mecanismo de devolução de bagagens. Minha mochila demorou pelo menosuns 50 minutos para dar as caras. No entanto, passado esse deslize de eficiência, vi que os russos dão um baile na gente quando o assunto é transporte. O aeroporto é conectado ao centro por um trem (~USD10) e de lá tem uma vasta malha de metrô para todos os cantos da cidade.

Depois de andar pro lado errado do hostel com 15 kgs na costa e -1 de temperatura, uma alma caridosa me guiou para o lado correto e finalmente cheguei ao hostel por volta das 15h do dia 29/03.

No próximo post conto mais sobre Moscou!

Até mais!

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